Por: Dra Noadia Lobão – Nutricionista Funcional
Pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten não devem ingerir o glúten encontrado no trigo, centeio, aveia e cevada. Para essas pessoas, seguir uma dieta livre de glúten é necessário e benéfico do ponto de vista nutricional e médico.
Comer quantidades ínfimas de glúten pode desencadear nos celíacos danos no revestimento do intestino delgado. A Grande maioria dos celíacos permanece sem diagnóstico porque os sintomas podem variar ou parecer com os de outras doenças.
Os sintomas geralmente incluem inchaço, gases, diarréia, constipação, aftas e enxaqueca, assim como a osteoporose precoce. Pessoas com doença celíaca também sofrem de fadiga crônica, dores ósseas e articulares, aumento de peso, problemas neurológicos, altas taxas de erupções na pele, problemas de fígado, diabetes, infertilidade em homens e mulheres, abortos de repetição e cânceres, incluindo o linfoma.
Segundo a revista Archives of Internal Medicine Clinical Gastroenterology and Hepatology, os casos de doença celíaca aumentaram em 400% nos últimos 50 anos. Existem indícios mostrando que a sensibilidade ao glúten pode afetar até 10% da população.
Raquel Benati (vice presidente da ACELBRA-RJ) vem alertando sobre a necessidade de se incluir o exame antitransglutaminase IgA no rol de exames iniciais que são pedidos aos pacientes, dentro do atendimento de nutrição, pois tem aumentado o número de diagnósticos de doença celíaca entre obesos.
Tatiana Sudbrack da Gama e Silva e Tania Weber Furlanetto fizeram, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, um Trabalho de revisão sobre o diagnóstico de doença celíaca em adultos. Nesse artigo as pesquisadoras afirmam que uma das causas de exames falso-negativos é a restrição de glúten na dieta, por isso, a investigação diagnóstica deve ser realizada na vigência de dieta com glúten. O rastreamento de Doença Celíaca em indivíduos assintomáticos não está indicado. O artigo foi publicado na Revista da Associação Médica Brasileira em 2010.
Raquel compartilha da tese acadêmica e afirma que: “Fazer os exames sorológicos e a endoscopia com biopsia depois de iniciada a dieta sem glúten é muito mais difícil - podem dar falso-negativo ou inconclusivos por muito tempo. Existem pessoas que precisam voltar a ingerir grandes quantidades de glúten por 10 a 12 meses para que os exames sorológicos positivem, o que ocasiona grau elevado de atrofia das vilosidades do intestino delgado.”
O alerta é para que os nutricionistas que prescrevem uma dieta isenta de glúten peçam previamente o exame acima citado, já que é muito importante que qualquer pessoa saiba, ANTES de iniciar a dieta sem glúten, se tem doença celíaca.
http://www.acelbramg.com.br/?q=node/39
olá Regina, copiei sua matéria.
ResponderExcluirTudo bem?
Achei muito boa.